Relembrar-te-ás da diáfana denominação do medo, do esgar de um grito húmido e fétido. Relembrar-te-ás do sarcasmo ludíbrio desprezando a ânsia da morte. Da mágica sedução aparente, pois do sufoco sufocado pelo osso esqueléctico do paradoxismo, morre a escuridão. Relembrar-te-ás do passo apressado da passadeira sangrenta animal e de todo aquele espectáculo frívolo e volúvel que apenas nos iludirá a ficções persuasivas de quietude. Remendar-se-ia a boca pálida e purpurear-se-ia o grémio voluptuoso. E relembras-te-ias do sacríficio arrebatador do medo.
A obstipação, a exaustão, o degradado exagero, a magnitude, o sarcófago, a penitência a actos libidinosos, o caos, a destruição, a sensatez inabordável e, por fim, o derradeiro desfecho da lâmina na carne.
Relembrar-te-ás então do medo de não ter nada, do medo de ter tudo. Do medo que sonha prazeres com prazeres e com prazeres sonhados. Que se lhe não dá a pena perdida no tempo crucialmente moldada ao corpo esfaqueado de excitação.
Relembras-te-ias do medo da perda da alma erudita.
Que quereis, oh Medo?
Que depois de postergares por longes mundos urdidos,
Fruistes tu de condenar,
Os inimizados corpos perdidos?
Por Evd.
Por Evd.
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